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Camila Kahn
Atendimento
29/02/2024
11:10
20 anos de Facebook e as preocupações de uma mãe de primeira viagem

No começo de fevereiro, o Facebook completou 20 anos de sua fundação. Envolta em polêmicas desde o princípio – de desentendimentos com Harvard a discussões entre os fundadores –, a rede parece seguir pelo mesmo caminho duas décadas depois.  No entanto, a questão agora é bem mais séria: o uso da rede por crianças e adolescentes e as consequências da falta de segurança específica para este público. 

Já há algum tempo o Senado norte-americano vem questionando as big techs sobre brechas na segurança específica para esse público e, no último dia 14, o prefeito de Nova York deu entrada em mais um processo contra diversas plataformas, inclusive a Meta (marca detentora do Facebook). A alegação do político é que as empresas estimulam uma crise de saúde mental nos jovens criando um vício nas redes. Se para nós, adultos com cérebro já desenvolvido, rolar o feed muitas vezes pode parecer terapêutico após um dia estressante de trabalho, imagino o quanto seja hipnotizante para quem ainda está em processo de amadurecimento. 

Apesar das polêmicas com redes sociais existirem desde que elas surgiram, apenas agora elas me tocam de uma forma diferente: com um bebê a caminho, sei que não viveremos mais em um mundo sem essas plataformas e seu uso em algum momento é quase inevitável. Com o acesso cada vez mais precoce, é impossível não me preocupar – entre as outras tantas preocupações e ansiedades que uma mãe de primeira viagem já tem – quanto a essa utilização exacerbada e a aparente falta de um limite, ao menos da parte dos detentores das plataformas. 

A alegação americana de que as redes têm impacto em mortes, uso de drogas e assédios de todos os tipos é no mínimo assustadora. E, por mais que tenha se visto um movimento no sentido de criar mais leis e restrições no que se refere à segurança online, entendo que ainda é muito necessária uma barreira inicial determinada pelos pais ou responsáveis pela criança. Sim, provavelmente vou pagar a língua quando descobrir que tenho pouco controle sobre um pré-adolescente querendo criar sua conta de Instagram (ou qualquer que seja a rede da vez), da mesma forma que meus pais pouco sabiam, no que me consta, sobre o bate-papo do Uol. 

Creio que meu maior desejo hoje seja que possamos trabalhar juntos – pais, sistema judiciário e redes sociais – para que sejam criados ambientes mais seguros para as crianças. Não acho, de forma alguma, que seja uma tarefa individual quando se trata do bem-estar e saúde desses pequenos seres humanos que, apesar de muitas vezes não desejarem, ainda são tão dependentes de nós. 

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